PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO NEGRO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO SETOR MERENDA ESCOLAR PREFEITO: ALESSANDRO VON LINSINGEN SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO: VERA MARIA PFEFFER SCHELBAUER CHEFE DO SETOR DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR: MIREILE GROCHOSKI ELABORADO POR: NUTRICIONISTAS: DAIANY HOFFMAM CRN813268 KAROLINA SOUZA DA SILVA CRN813067 RIO NEGRO-2025
DICAS PARA A INTRODUÇÃO ALIMENTAR SEGUINDO OS 10 PASSOS PARA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL PARA MENORES DE 2 ANOS A introdução alimentar é um momento importante na vida da criança, através dela ela começará a conhecer o mundo dos alimentos: formação de hábitos alimentares, conhecimento de diversos sabores, cores e texturas. EM QUE IDADE COMEÇAR A INTRODUÇÃO ALIMENTAR DO SEU BEBÊ? A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA recomenda o aleitamento materno EXCLUSIVO até o 6º mês de vida , ou seja, antes disso nada de alimentos. ATENÇÃO: Caso você tenha tido algum problema com a amamentação e seu filho utilize fórmula láctea e/ou ele tenha algum problema de saúde (como alergias, por exemplo), consulte o pediatra e a nutricionista materno infantil para lhe orientar melhor sobre a introdução alimentar. O Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Pediatria estabeleceram passos de alimentação saudável para crianças menores de 2 anos: Dar somente leite materno até os 6 meses, sem oferecer água, chás ou quaisquer outros alimentos. DICA:Escolha um ambiente tranquilo! Dê preferência junto com o pai e a mãe, e livre de distrações como celular, tablets, televisão e brinquedos; L EMBRE-SE: O leite materno é completo e possui todos os nutrientes necessários para o crescimento e desenvolvimento do seu bebê. NÃO EXISTE leite fraco!
A partir dos 6 meses, oferecer de forma gradual outros alimentos mantendo- se o leite materno até os 2 anos de idade ou mais. Durante este período a alimentação deve ser a base de frutas, cereais, tubérculos, leguminosas, carnes e hortaliças. Nesta etapa, o ovo (clara e gema) já pode ser inserido. POSIÇÃO: A criança deve estar sentada, com uma postura reta, em um local confortável e seguro. A alimentação complementar deve ser oferecida sem rigidez de horários. Mas nem tudo é festa, viu! É importante que exista um intervalo regular entre as refeições (2 a 3 horas). Também é importante evitar dar comida nos intervalos para não atrapalhar as refeições principais. “Muitas vezes a criança não quer comer no horário porque recebeu alimentos não nutritivos antes”. DICA: Lembre de hidratar seu bebê! Com a introdução alimentar também é importante iniciar a oferta de água, que deve ser a mais limpa possível (tratada, filtrada e fervida). Já os sucos, mesmo que os naturais, devem aguardar até a criança completar 1 ano; NUTRI, QUAL A CONSISTÊNCIA DA COMIDA? EM PEDAÇOS OU PAPINHA? O ideal é você saber como é o ritmo da sua casa e o que fica mais viável pra você. Podendo ser em pedaços como no método BMW ou espessa d oferecida com uma colher. Sempre comece com consistência pastosa, como papas e purês, frutas raspadas ou cozidas e gradativamente aumente a consistência até chegar à mesma alimentação da família.
A TENÇÃO! (ORIENTAÇÕES SEGUINDO AS RECOMENDAÇÕES DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA E OMS (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE) CONSISTÊNCIA: 6 e 7 meses = amassada com garfo 7 a 8 meses = alimentos macios picados em pedaços pequenos, raspados ou desfiados 9 a 11 meses = alimentos macios picados em pedaços pequenos, raspados ou desfiados A partir 12 meses = consistência da comida da família, com pedaços pequenos, com as carnes bem cozidas e macias.
IMPORTANTE! Não compre papinhas industrializadas; FAÇA AS PAPINHAS COM ALIMENTOS NATURAIS sem adição de conservantes. As papinhas caseiras naturais são mais saudáveis. A criança a partir dos 6 meses de idade pode comer feijão (inclusive o grão que é onde se concentram as vitaminas e fibras do alimento que será importante para a nutrição e o bom funcionamento do intestino da criança), carne de gado, carne de frango, carne suína, carne de peixe e ovos, Além disso pode comer arroz, macarrão, frutas, legumes e verduras. Não liquidifique e nem peneire a papinha do seu bebê: O ato de liquidificar e peneirar deixa os alimentos mais líquidos, além de retirar a fibra dos alimentos. Nada de papinha tudo junto e misturado: Seu bebê precisa conhecer os sabores, as cores e a s texturas dos alimentos, além de aprender o nome de cada um deles, isso será importante para a formação dos hábitos alimentares saudáveis.
V EJA OS EXEMPLOS DE CONSISTÊNCIAS 6 MESES (BEM AMASSADOS E COM UM POUCO DE CALDO) ALIMENTOS SEPARADOS PARA A CRIANÇA SENTIR E CONHECER O SABOR DE CADA ALIMENTO
7 A 9 MESES (BEM MACIOS, PICADOS OU RASPADOS) PODE ACRESCENTAR UM POUCO DE CALDO
FRUTAS PICADAS COM CORTES SEGUROS (PARA OS MAIORES DE 1 ANO)
FORMAS DE OFERTAR OS LEGUMES E FRUTAS AMASSAR COM O GARFO RASPAR COM A COLHER
COZINHAR OU ASSAR A FRUTA SE A CRIANÇA RECUSAR ALGUM ALIMENTO, O QUE DEVO FAZER? Ofereça novamente em outras refeições. Você sabia que são necessárias em média, oito a dez exposições a um novo alimento para que ele seja aceito? A tentativa repetida é a certeza do sucesso. Não ofereça açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, queijinhos petit suisse (DANONINHO), macarrão instantâneo (MIOJO), balas, salgadinhos e outras guloseimas durante os primeiros anos de vida. Ele está em fase de conhecimento dos alimentos e descobrimento dos sabores (formação de hábitos alimentares). O açúcar nessa fase irá prejudicar a aceitação por alimentos naturais como as frutas verduras, além de ser um risco para adquirir variadas doenças. Sempre use sal com moderação. O sal na alimentação do bebê é indicado a partir de 1 ano de vida e o açúcar a partir de 2 anos de vida. Esses alimentos parecem inofensivos, mas não são. Alguns alimentos tiram o apetite da criança e estão associados à anemia, ao excesso de peso e às alergias alimentares.
DICA: Seja o exemplo! Papai e mamãe, é importante vocês estarem presentes durante as refeições e serem exemplo para o seu filho. Não adianta dizer que ele não pode tomar refrigerante, se em todas as refeições vocês consomem. O QUE COLOCAR NO PRATO DO BEBÊ NA REFEIÇÃO PRINCIPAL? Independente se você for apresentar a comida em pedaços ou em forma de papinha, é importante que no prato do seu filho esteja presente esses 5 grupos de alimentos: 1 alimento do grupo dos cereais ou tubérculos: Arroz, batata, macarrão, polenta, milho, mandioca; 1 alimento do grupo das leguminosas: Feijão, lentilha, ervilha, grão de bico; 1 alimento do grupo das verduras/verde escuros: Couve, espinafre, brócolis, etc 1 alimento do grupo dos legumes: Abóbora, cenoura, beterraba, abobrinha, etc 1 alimento do grupo de carnes e ovos : Porco, peixe, frango ou ovo
As carnes, como não são possíveis de amassar, você pode oferecer em pedaços (BLW) ou na forma de carne moída ou desfiada. Os feijõesdevem ser ofertados apenas amassados com um garfo. Aposte na umidade da comida –comidas mais molhadinhas são mais bem aceitas pelas crianças! IMPORTANTE! É normal a criança não gostar de alguns alimentos, mas não desista logo na primeira tentativa, pois todo sabor pra ele nessa fase é uma novidade – Algumas crianças precisam provar mais de 8 vezes o alimento para gostar dele. DICA: Deixe passar alguns dias e ofereça novamente. Você pode ir modificando a maneira de prepará-lo. Por exemplo: cenoura ralada, cenoura cozida, purê de cenoura, mudar o tamanhos e forma dos cortes. POSSO INCLUIR RECEITAS NA INTRODUÇÃO ALIMENTAR? O ideal é você começar a oferecer receitas a partir dos 9 meses. Crepioca, bolinho de banana, panquecas, estrogonofe…são muitas preparações! Mas, deixe essas receitinhas para quando seu filho já tiver conhecido o sabor dos alimentos isoladamente. Isso é importante! Agora, compartilha com as vovós, cunhadas e a família toda essas dicas para que eles te ajudem nessa missão da introdução alimentar com RESPEITO!
REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. O cuidado às crianças em desenvolvimento: orientações para as famílias e cuidadores. Brasília, 2017. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA GONZÁLEZ, C. Meu filho não come! São Paulo: Timo, 2012 AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (Brasil); UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA. Manual de orientação aos consumidores: educação para o consumo saudável. Brasília, 2005